ECLIPSE TOTAL DA LUA MARCA O INÍCIO DO VERÃO NO HEMISFÉRIO SUL

Na madrugada do dia 21, de segunda para terça-feira, teremos mais um eclipse total da Lua, quando a sombra da Terra será projetada totalmente sobre o corpo do nosso satélite natural. Além do eclipse, o dia será marcado pela chegada do verão no hemisfério sul.

Apesar de ser um belo espetáculo, apenas parte do fenômeno poderá ser visto de todo o Brasil. Mesmo assim, vale a pena ficar acordado!


O eclipse terá início às 03h29 pelo horário de Brasília e finalizará às 09h04. No entanto, em grande parte do país, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, a Lua cheia se põe por volta das 05h30, interrompendo a observação do fenômeno. Nessas localidades o fenômeno será parcial e a totalidade do eclipse só poderá ser vista durante alguns minutos.
Os melhores lugares para se observar o evento são aqueles localizados no extremo oeste do Brasil. No Acre, por exemplo, o eclipse começará a 01h29 no horário local. Como a Lua se põe próximo às 05h47, os observadores poderão contemplar o evento por mais de quatro horas, inclusive a fase da totalidade, que ocorre às 04h17. E ainda terão o prazer de ver o início da segunda metade do eclipse, quando a Lua começa a deixar o cone de sombra da Terra. Sorte dos acreanos! O mesmo vale para os Estados do Amazonas, Roraima e Rondônia.
Na Região Centro-Oeste, Pará e Amapá o eclipse será visível até a totalidade, mas nesse momento a Lua estará praticamente encostada no horizonte oeste, prejudicando um pouco a observação. Mesmo assim, os moradores dessas áreas poderão acompanhar a Lua sendo encoberta pela sombra da Terra. No Tocantins e em Goiás o evento será parcial, um pouco menos intenso que em Mato grosso, mas ainda assim bastante interessante.
À medida que nos afastamos em direção ao Atlântico o eclipse perde sua majestade. Nas cidades litorâneas ao leste o eclipse será apenas parcial. Na Bahia, os melhores locais são aqueles situados no extremo oeste. Moradores da Ilha de Fernando de Noronha terão que esperar para o próximo evento.

Como acontece


Quando qualquer corpo esférico é iluminado por uma fonte pontual de luz, são produzidos dois cones de sombra, chamados de umbra e penumbra. Em condições ideais a região da umbra é totalmente escura, enquanto a penumbra ainda recebe uma parte da luz. Durante um eclipse lunar acontece o mesmo, com o Sol fazendo o papel da fonte de luz pontual. Fortemente iluminada, a Terra também produz dois cones de sombra que são projetados no espaço.




Em algumas ocasiões, o movimento de translação da Lua ao redor da Terra a situa dentro do cone da penumbra. Esta ocasião recebe o nome de eclipse penumbral e é muito difícil de ser observado, já que a diminuição de luz dentro deste cone é muito baixa para ser percebida. Em outras situações, entretanto, a Lua mergulha exatamente dentro da zona de sombra da umbra, ocorrendo então o eclipse total ou parcial da lua.


Atmosfera

É importante notar que mesmo imersa na sombra da Terra, a Lua não desaparece totalmente. Um pequena parte dos raios do Sol sofre um pequeno desvio, ou refração, nas altas camadas da atmosfera. Esse desvio faz a luz solar penetrar no cone da umbra e ilumina Lua. As condições atmosféricas determinam a cor da Lua no momento do eclipse, e esta pode se apresentar alaranjada, avermelhalada e até marrom escuro. Partículas em suspensão geradas por erupções vulcânicas contribuem para avermelhar ainda mais o satélite durante o evento.



Fotografando o eclipse

Quem quiser fotografar o eclipse com um pouco mais de aproximação, pode tentar utilizar um binóculo, luneta ou telescópio. Para isso sugerimos um método de astrofotografia conhecido como "afocal", que consiste em aproximar a lente da câmera fotográfica à objetiva do instrumento, focalizando com cuidado. Se for possível, fixe bem o equipamento, mantendo-os bem firmes e evitando tremidas.

Fonte: Apolo11 acessado em 18 de dezembro de 2010.

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